“ Eu digo-te. Continuas em círculos, a exercer um poder que já não tem significado e que te traz desilusão. Continuas à procura de magicamente te encontrares, a partir de te poderem saber. Continuas a subir o sonho à procura do mito. Continuas num exercício de sedução que escraviza o objecto amado, acabando por desprezá-lo. E assim paradoxalmente desencantas-te, quando só, na volúpia reclinada da tua causeuse, imaginaste um príncipe.
Mas amar é reconhecer o outro como diferente e não como um prolongamento de nós mesmos. É misturar-nos sem o medo de morrer, de matar, ou de perecermos os dois. É podermos viver o sentimento oceânico que dilui limites e não sabermos por vezes onde “eu acabo e tu começas”.
Amar, é poder vir de coração descalço e dizer:
- Tem-me que sou tua!”
Mas amar é reconhecer o outro como diferente e não como um prolongamento de nós mesmos. É misturar-nos sem o medo de morrer, de matar, ou de perecermos os dois. É podermos viver o sentimento oceânico que dilui limites e não sabermos por vezes onde “eu acabo e tu começas”.
Amar, é poder vir de coração descalço e dizer:
- Tem-me que sou tua!”
*Marta Gautier - Tanto que eu não te disse
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