25 agosto, 2017

A minha paz.

Vivo tanto de lembranças, que às vezes até me esqueço que é o futuro que ainda está para acontecer. Vivo agrilhoada a memórias de tempos em que fui feliz, em que o tempo não tinha tempo, em que o relógio não dava horas, em que todos os dias eram dias em que cabiam tudo que me lembrasse de fazer. 
Mas neste presente de que vou desfrutando todos os dias o relógio mudou, marca compassos constantes, traz afazeres inadiáveis, rotinas inevitáveis. Passou a ser um relógio com mais mimos e mais abraços, com mais choros também. 
A cama que era só minha passou a ter 4 todas as manhãs.
O despertar que era silencioso, ou ao som de uma musica tranquila, dá-se agora entre gargalhadas, apertos, pedidos constantes.
A paz que ditava os meus dias, são agora dois paz tão deliciosamente diferentes.
E os meus dias ganharam mais cor e as lembranças são agora dos primeiros momentos em que vos tive nos braços e de onde nasceu a certeza que não vos quero largar nunca mais.



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